A grande diferença entre a escola literária do Arcadismo era a volta aos conceitos racionais que existiam no período remoto, principalmente no Classicismo.
Enquanto havia o contexto iluminista na Europa, o Brasil importava alguns pensamentos dessa filosofia, direcionados a uma classe social.
O Arcadismo desenvolve-se no estado de Minas Gerais, onde haviam sido descobertos ouros e metais preciosos. Diante disso, há uma crítica frente à exploração portuguesa, que exigia altos impostos sobre os metais preciosos, posteriormente conhecida como “derrama portuguesa”.
A Inconfidência Mineira fica conhecida como o momento em que a alta sociedade mineira rebela-se contra Portugal, e muitos poetas desse período são os mesmos poetas do Arcadismo, justamente pelas principais características que a escola carrega, como: fuga da realidade, bucolismo, valorização da natureza e linguagem simples. Se a realidade não é benéfica, os árcades irão criar outro tipo de realidade.
Marco inicial: Obras Poéticas – Cláudio Manuel da Costa, em 1768
Principal poeta: Tomás Antônio Gonzaga, suas principais obras são Marília de Dirceu (livro dividido em duas partes: a primeira, por poemas dedicados à amada; a segunda, narra a dor e o sofrimento causados pelo “abutre da saudade”) e Cartas Chilenas (longo poema lírico que criticava Fanfarrão Meneses com cartas endereçadas a Doroteu, que seria seu amigo Cláudio Manuel da Costa.
Há também os textos épicos de Basílio da Gama e Santa Rita Durão. Basílio faz um retorno aos interesses classicistas (poesia épica). O Uraguai, escrito em 1769, tem como tema a expedição formada por portugueses e espanhóis contra as missões jesuíticas.
Já Santa Rita Durão difere-se de Gama por questões ideológicas, já que é a favor do trabalho religioso da Companhia de Jesus, e assim escreve sua obra Caramuru.
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